sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tire suas dúvidas sobre Mastite



O que é mastite?


È uma inflamação da glândula mamária, que pode criar um abcesso, e pode ou não ser acompanhada por uma infecção. É mais frequente em mulheres que amamentam, e tem maior incidência no puerpério (período até às 6-8 semanas pós-parto) designando-se como mastite puerperal, no entanto as mastites podem acontecer em qualquer outra altura do período de amamentação.


Como ela ocorre?


As causas de mastite podem ser as seguintes:


  • Ingurgitamento ou extracção insuficiente de leite materno (devido a uma pega incorrecta, bebê preguiçoso, sucção insuficiente;

  • Hiper-produção de leite;

  • Mamadas ineficazes;

  • Amamentação com horários estabelecidos;

  • Uso de mamilos de silicone, etc;

  • Mamadas insuficientes ou saltar uma mamada (devido a dor no mamilo, dentição, utilização exagerada da chucha, mãe muito ocupada, regresso ao trabalho, o bebê dormir durante mais tempo, suplementação, desmame abrupto, etc.);



  • Inflamação (por lesão, infecção bacteriana/fúngica ou alergia). Mamilos doloridos, gretados ou em sangue podem ser uma entrada para a infecção, se a mastite acontecer no hospital também há maior probabilidade de infecção, devido à maior exposição a organismos infecciosos. É mais provável haver infecção se a mãe tiver uma grande lesão no mamilo (com dor e com pus), uma mastite recorrente também tem maior probabilidade de infectar. O stress, cansaço, anemia ou sistema imunitário enfraquecido também podem contribuir para o aparecimento de mastite com infecção.


Como reconhecer os sintomas?



Os sintomas normalmente são: nódulos ou zonas da mama duras, que podem ser acompanhadas de vermelhidão, sensibilidade, dor ou inchaço. A dor é mais comum antes das mamadas, e quando o bebê começa a mamar, sendo que após a mamada as dores podem diminuir. Estes sintomas podem ser devido ao bloqueio dos ductos ou ao e ingurgitamento mamário, mas quando associados a febre e sintomas de gripe (como dores no corpo, mal-estar geral, arrepios ou sintomas de doença generalizada, é porque o ingurgitamento ou o ducto bloqueado poderá ter terá evoluído para uma mastite.



O que fazer?


É recomendável nestes casos que descanse, diminua o consumo de líquidos (é importante manter-se hidratada, principalmente se tiver febre, mas deve ser uma ingestão de líquidos equilibrada para não aumentar a produção de leite), uma alimentação equilibrada para reforçar o sistema imunitário, pedir ajuda para as tarefas domésticas e para tratar do bebê. Em relação à amamentação, deve amamentar frequentemente e esvaziar o peito afectado em todas as mamadas, mas sem descuidar o outro peito. Se possível, amamente com intervalos de 2 horas, ou caso o bebê não esteja disponível para mamar tão frequentemente, extraia leite utilizando uma bomba ou as mãos* .Se houver sangue ou pus no leite extraído o melhor será consultar o médico.



* veja o vídio ao final da matéria.



Cuidados:



  • Antes de amamentar

Use compressas quentes e massagem para ajudar a soltar o leite ou para desbloquear os ductos, um duche quente, com a água direccionada para os peitos também poderá ajudar.



  • Durante a mamada


Ofereça primeiro o peito afectado, mas se for doloroso fazê-lo, pode começar pelo outro peito e após a descida de leite mudar para o peito afectado. Verifique se a pega está correcta, e utilize uma posição em que se sinta confortável e que permita massajar a zona afectada do peito. Use o método de compressão mamária (consiste em comprimir o peito de modo a que o leite saia mais facilmente e ajuda a esvaziar o peito por completo), massaje suavemente mas com alguma pressão da zona onde sente o ducto bloqueado em direcção ao mamilo; tente amamentar enquanto se inclina sobre o bebê, isto pode ajudar a retirar o bloqueio com a ajuda da gravidade.



  • Depois da mamada

Extraia o leite. Se o peito estiver muito sensível o melhor será extrair o leite manualmente, mas se a bomba não a magoar também poderá ser utilizada. Colocar compressas frias podem ajudar a acalmar as dores e a reduzir a inflamação.




Vídeo : Técnica para ordenha da mamas
http://www.youtube.com/watch?v=TkcZhfDia6I

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Mastite




Deixar de preparar o peito para o momento da amamentação pode levar à mastite, uma doença inflamatória bastante incômoda que, se não for tratada a tempo, só é curada com cirurgia.


O que é?
Inflamação nas glândulas da mama. Entre as mais conhecidas, está a do pós-parto, quando as mães ficam com o peito ferido e, muitas vezes, deixam de amamentar.


Quem tem mais?
A mastite do pós-parto acontece principalmente quando as mulheres têm o primeiro filho. Também é mais comum entre as de raça branca. O início do problema não demora a aparecer. Logo no primeiro mês, as mães já começam a sentir a mama inchada e o bico do peito (mamilo) mais sensível.


Causas
Os primeiros machucados no mamilo ou na aréola do peito (região mais escura em volta do bico) são a porta de entrada de bactérias, fungos e outros microorganismos que desencadeiam a doença. Entre os principais fatores que aceleram o problema está o ingurgitamento - inchaço da mama depois da descida do leite.

Até o segundo ou terceiro dias do pós-parto, a mãe ainda não tem leite, mas sim o colostro (líquido mais grosso, muito nutritivo para a criança). Só depois, o leite desce. Se a mãe oferecer o peito muito cheio ao filho (ingurgitado), ele terá dificuldades de sugar direito e desencadeará a formação dos machucados.


Sintomas
A mãe, ao sentir o peito inchado, vermelho e machucado, deve procurar imediatamente o médico. Alguns sintomas de mastite são parecidos com os de câncer de mama. O especialista é o único capaz de diferenciar uma doença da outra.




Febre


Mama vermelha


Mal-estar

Dicas para evitar a mastite

Pré-natal



Usar sutiã. Muitas mulheres, antes de a criança nascer, produzem o colostro. O sutiã evita que o líquido se acumule sob o peito e deixe a região mais úmida e suscetível a infecções.


Tomar sol diretamente no peito todos os dias, se possível. O melhor horário é antes das 10h ou depois das 16h. Essa exposição deixa a pele do peito mais resistente.


Durante o banho, esfregar a bucha vegetal no mamilo (bico) e na aréola (região escurecida ao redor do bico). Também para dar resistência à mama.

Pós-parto



A primeira mamada da criança no peito da mãe é fundamental. O bebê deve abocanhar o bico e toda a aréola do peito - ou, ao menos, grande parte. Se ele pegar só no bico do peito, não fica com a barriga cheia e o peito em pouco tempo começa doer, rachar e sangrar.


A posição ideal de amamentação é deixar a barriga da criança perto da barriga da mãe. Não é bom que a mãe fique nervosa. O melhor é ficar relaxada, tranqüila, pois o estresse bloqueia a produção do hormônio ocitocina, responsável pela liberação do leite.


Se sobrar leite no peito depois que a criança se alimentar, a mãe deve tirá-lo. A ordenha deve ser feita com as mãos, colocando o dedão e o indicador nas partes superior e inferior da aréola e estimulando a saída. A bomba para retirar o leite não deve ser usada em hipótese alguma.


Quando for tirar a criança do peito, é bom usar a técnica conhecida popularmente como "técnica do dedo mínimo": coloca-se o dedo mínimo na boca da criança para enganá-la. Ela aceita trocar o bico do peito pelo dedinho e, assim, não puxa o mamilo da mãe com força.


O que não se deve fazer
  • Usar cremes ou óleos hidratantes principalmente no mamilo e na aréola do peito deixam a pele muito sensível e podem facilitar a formação dos machucados na região. Evite sempre que possível.
  • Não passar sabonete no peito durante o banho. Pode deixar a espuma passar, mas o contato direto com o sabonete evita o ressecamento da pele.Se o peito já estiver machucado, não usar compressas sobre eles para aliviar a dor.

Como previnir a mastite

Como prevenir a mastite
Por Cyntia Nogueira
O bebê acabou de mamar, mas continua sobrando leite no peito? Então trate logo de massagear as mamas para retirar o que restou. Esse cuidado é importante principalmente nos primeiros dias de amamentação, quando a mãe pode produzir mais leite do que a criança precisa. Nesse caso, se a ordenha manual não for realizada, o líquido parado nas mamas pode endurecer e virar um prato cheio para as bactérias.

Daí, é um pulo para a mastite, uma inflamação seguida de infecção que atinge as glândulas mamárias. “Trata-se de uma doença oportunista, que costuma ocorrer cerca de duas semanas após o parto”, explica a enfermeira Márcia Regina da Silva, encarregada do curso de gestantes do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, e jurada do II PrêmioSAÚDE!. Segundo ela, são mais suscetíveis ao mal as mães que não repousam apropriadamente, sem falar nas que não se alimentam nem fazem a reidratação adequada para compensar a perda de líquidos durante a amamentação.

Uma coisa é uma coisa
Muita gente confunde a mastite com o ingurgitamento, porém uma coisa não tem nada a ver com a outra. O ingurgitamento é um processo natural caracterizado pelo endurecimento das mamas. É o famoso empedramento. A mastite, por outro lado, vem à tona quando as placas de leite não são desfeitas e muito menos ordenhadas. Dessa forma, as áreas afetadas pelo problema ficam vermelhas e doloridas. A mulher sente dores musculares semelhantes às provocadas por gripe, febre e náuseas. Nesse caso, a única saída é tomar medicamentos sob a orientação do médico.

A mastite, entretanto, não impede o aleitamento materno. Pelo contrário, amamentar faz parte do tratamento, assim como as massagens indicadas para facilitar a saída do leite empedrado.

Mastite: Novas recomendações

Foram publicadas as novas recomendações para o tratamento da mastite



Autora: Laurie Barclay

As recomendações para o diagnóstico e o tratamento da mastite de mulheres nutrizes foram revisadas e publicadas no número de 15 de setembro do American Family Physician.



A Dra. Jeanne P. Spencer do Conemaugh Memorial Medical Center de Johnstown, Pensilvânia, declarou que “embora esta infecção possa ocorrer espontaneamente ou durante a lactação, a discussão sobre a mastite, definida clinicamente como a presença de inflamação dolorosa e localizada nas mamas associada a sintomas sistêmicos de infecção (febre e mal-estar, por exemplo), fica limitada às que ocorrem nas nutrizes. Este tema é problemático, especialmente porque pode levar ao desmame, prejudicando a nutrição ideal do lactente. (...) Os médicos de família devem ter mais conhecimento para ajudar esta mãe a superar as dificuldades da amamentação (como a mastite) e, com isso, aumentar o tempo de amamentação”.



Dentre os objetivos da estratégia Healthy People 2010 estão a meta de 75% das mães iniciando a amamentação, 50% e 25% continuando a amamentar aos 6 e 12 meses, respectivamente. Contudo, no ano de 2005, boa parte dos estados não consegue alcançar essas metas. A mastite, que ocorre em aproximadamente 10% das mães norte-americanas, pode ser a causadora deste desmame.

Geralmente, a mastite é diagnosticada clinicamente a partir da presença de sinais característicos, como uma área localizada e dolorida em um seio em associação aos sinais sistêmicos, como febre e mal-estar.

A técnica de amamentação deve ser amplamente aplicada, e a mãe deve ser orientada a esvaziar a mama com frequência (e por completo) para reduzir os riscos de mastite. Essa infecção pode ser desencadeada por feridas nos mamilos, que por sua vez são causadas por uma irritação mecânica secundária à sucção inadequada, anomalias orais da criança (como fenda palatina, por exemplo) ou por infecções, bacteriana ou fúngica.

Outros fatores de risco de mastite são: fissura dos mamilos, estase localizada de leite, uso de piercing nos mamilos, protetores plásticos para o mamilo, sutiã apertado, bomba para extração de leite, má nutrição materna, história de mastite, mães primíparas, presença de freio de lábio pequeno e perda de uma mamada pelo lactente.

O bloqueio dos ductos originado pela não remoção completa do leite, causa dor local no seio e também pode causar mastite. A mama apresenta uma área endurecida, dolorida e avermelhada e, com freqüência, podem ser observadas bolhas doloridas e claras nos mamilos com cerca de 1 mm. A remoção da bolha com uma agulha estéril ou através da fricção com um tecido pode ser de grande ajuda. Para o alívio do bloqueio dos ductos mamários, também se recomenda aumento da frequência das mamadas, uso de compressas ou banhos mornos, massagens no sentido do mamilo e evitar o uso de roupas.

A modificação das técnicas de amamentação orientadas por um consultor pode ajudar no tratamento da mastite. Atualmente, quando são necessários antibióticos, prefere-se a dicloxacilina, cefalexina ou outras escolhas eficazes contra o Staphylococcus aureus (S. aureus). Com a prevalência crescente de formas resistentes à meticilina (MRSA), é provável que acabe se tornando uma bactéria cada vez mais envolvida na etiologia das mastites. Neste caso, os antibióticos eficazes contra formas MRSA devem ser utilizados.

Entre os antibióticos orais freqüentemente utilizados estão a amoxicilina associada ao clavulanato (875 mg duas vezes ao dia), a cefalexina (500 mg quatro vezes ao dia), a ciprofloxacina (500 mg duas vezes ao dia), a clindamicina (300 mg quatro vezes ao dia), a dicloxacilina (500 mg quatro vezes ao dia) e o sulfametoxazol associado ao trimetropim (160/800 mg duas vezes ao dia).

A ciprofloxacina, clindamicina e o sulfametoxazol associado ao trimetropim, geralmente, são eficazes para formas resistentes à meticilina do S aureus. Porém, o último deve ser evitado entre mulheres que amamentam lactentes com idade inferior a 2 meses ou com doença crônica e grave.

Os clínicos devem tratar a mastite precocemente e recomendar a manutenção da amamentação – uma vez que essa inflamação não representa nenhum risco ao lactente – para prevenir uma complicação freqüente, o abscesso na mama. Este apresenta sinais clínicos semelhantes à mastite, exceto pela presença de uma área de consistência firme e que, freqüentemente, apresenta flutuação. A ultra-sonografia da mama pode confirmar este diagnóstico.

Uma vez desenvolvido o abscesso, a drenagem cirúrgica ou a aspiração por agulha é necessária e às vezes precisa ser repetida. A secreção dos abscessos deve ser examinada através de cultura, e a administração de antibióticos deve ser prescrita. A amamentação pode ser mantida em uma mãe que apresenta abscesso de mama em tratamento, salvo quando a nutriz estiver gravemente enferma ou se a boca da criança ocluir a incisão cirúrgica durante a mamada.

A transmissão vertical do vírus HIV da mãe para a criança é mais provável na vigência de mastite. A Organização Mundial da Saúde recomenda que devam ser ensinadas e orientadas as técnicas de prevenção da mastite às mães portadoras do HIV que estão amamentando e, caso a inflamação ocorra, a amamentação deve ser interrompida na mama afetada até que a inflamação esteja curada.

As principais recomendações (todas com nível C de evidência) são as seguintes:

Um apoio amplo e eficaz à lactação é essencial para as nutrizes que apresentam mastite.
Embora a cultura do leite materno raramente seja necessária para o diagnóstico de mastite, este exame deve ser considerado para os casos refratários ou adquiridos no ambiente hospitalar.
Os antibióticos eficazes contra o S aureus são os preferenciais para o tratamento da mastite.
A amamentação na presença de mastite não representa nenhum risco ao lactente e deve ser mantida para manter o fornecimento de leite.
A Dra. Spencer concluiu que “o desmame é uma das complicações mais freqüentes da mastite. As mães devem ser relembradas sobre os inúmeros benefícios da amamentação e ser encorajadas a mantê-la. (...) Como as neoplasias de mama inflamatórias se assemelham à mastite, essa doença deve ser considerada quando a forma de apresentação for atípica ou quando a resposta terapêutica não for a esperada”.

Mastite puerperal

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O que é a mastite puerperal?

A mastite é uma infecção aguda da mama, que geralmente incide sobre as mulheres, principalmente as primigestas, na primeira ou segunda semana após o parto. Geralmente é unilateral, podendo comprometer apenas uma parte da mama (mastite lobar e mastite ampolar) ou todo o órgão (mastite glandular). Os casos que não forem bem conduzidos e tratados podem evoluir com a formação de abscessos e até mesmo para um quadro de infecção generalizada, denominado septicemia.

Quais são as suas causas?

Em mais da metade dos casos, o microorganismo causador da mastite é uma bactéria chamada Staphilococus aureus. Porém, outras bactérias, bem como fungos e demais parasitas, podem atingir as mamas, causando sua infecção.

A mastite puerperal aparece em decorrência de um somatório de fatores, que juntos contribuem para a instalação do processo: uma sucção deficiente e incompleta da criança pode levar ao acúmulo de leite, denominado ingurgitamento mamário. Se além do ingurgitamento apresentado pela mãe, a criança apreende de forma inadequada a aréola mamária durante a sucção (pega incorreta), traumatismos poderão se formar nesta região, gerando fissuras, que servirão como porta de entrada para os microorganismos causadores da mastite. A falta de sono, o estresse, a má alimentação e o cansaço físico podem contribuir, diminuindo ainda mais a resistência da mãe.

Quais os sintomas apresentados?

Os sintomas mais freqüentes são aumento do volume mamário, dor, vermelhidão (rubor) e calor na região da mama que está comprometida. Além destes sintomas locais, outros gerais, tais como febre alta, prostração, inapetência (desânimo), tremores e calafrios podem acompanhar o quadro.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é basicamente clínico, baseado na história apresentada pela paciente e nos sinais e sintomas descritos acima. Nos casos que têm uma evolução desfavorável, com formação de abscessos, a ultra-sonografia pode contribuir para melhor localizar as regiões da mama que deverão ser drenadas.

Qual é o tratamento?

O tratamento é feito através do uso de antibióticos por via oral, durante 7 a 10 dias, além de analgésicos e antiinflamatórios.

Aqueles casos que se complicam, com o aparecimento dos abscessos, requerem uma terapêutica mais rigorosa, às vezes, com internação para a drenagem cirúrgica e uso de antibioticoterapia venosa.

Outras medidas que contribuem para a recuperação mais rápida da mãe são:

* Manter a sucção da criança na mama sadia. Não há riscos para o bebê e esta postura contribui para diminuir o ingurgitamento mamário;

* Sempre que for possível esvaziar a mama comprometida, através da ordenha manual – fazendo massagens circulares, do centro para a periferia, ou com auxílio das bombas de sucção;

* Aplicar compressas geladas sobre a mama afetada, durante 15 minutos, 5 vezes ao dia. O gelo aliviará a dor e diminuirá o ingurgitamento. Nunca aplicá-lo diretamente para não causar queimaduras. Utilizar sempre uma fralda ou toalha entre a compressa gelada e o tecido mamário. Não exceder o tempo recomendado.

Existe prevenção?

As medidas que visam impedir o aparecimento das fissuras e do ingurgitamento mamário, precursores da mastite, contribuem de forma direta na prevenção desta intercorrência puerperal. São consideradas boas práticas:

* Amamentar sob livre demanda, ou seja, sempre que a criança desejar;

* Iniciar a amamentação precocemente, de preferência já na sala de parto;

* Começar a mamada pelo peito sadio ou que estiver menos dolorido.

* Observar se a pega da criança está adequada durante a sucção e variar a posição do bebê durante as mamadas;

* Não utilizar nenhum outro tipo de alimentação que não seja o leite do peito nos primeiros 6 meses de vida da criança, a menos que haja recomendação do pediatra;

* Expor os mamilos ao sol e ao vento no período da gestação e enquanto estiver amamentando, entre 10 e 15 minutos ao dia;

* O uso de buchas vegetais durante o banho fortalece o tecido da aréola e mamilo, deixando-os mais resistentes aos traumatismos;

* Utilizar sutiãs com alças largas e que promovam boa sustentação das mamas;

* Não utilizar cremes ou óleos sobre o mamilo e a aréola. A limpeza dos mesmos deverá ser feita apenas com água;

* Não aplicar produtos vegetais, como cascas de banana ou leite de mamão, com o intuito de curar as feridas. Eles podem agravar o processo e serem fontes de bactérias causadoras da mastite;

* Evitar o uso de protetores de mamilos, que dificultam a aeração dos mesmos e retardam o processo de cicatrização das fissuras. Também contribuem para confundir a pega da criança.

* As pomadas, os cremes ou as loções chamadas “cicatrizantes” irritam a pele e agravam as feridas já existentes quando retirados para a criança amamentar. Estas substâncias não devem ser aplicadas.